sexta-feira, 30 de setembro de 2016

Políticos dinamarqueses contaminados por glifosato

25 membros do parlamento dinamarquês tiveram urina coletada; 100% das amostras indicou presença de glifosato

Parece que estamos vivendo a versão pós-moderna do "sonho do DDT", em que todos acreditavam na sua inofensividade, até acordar para constatar que estávamos envenenados faz tempo. O teste para aferir contaminação por glifosato em políticos do parlamento foi realizado pelo Instituto Público de Pesquisa em Saúde da Universidade de Copenhagen. 100% dos testes foram positivos. Embora seja um teste feito em uma amostra muito pequena (25 pessoas), 100% é 100%.

"Urinal" alemão foi 100% glifosato
Outra coisa que chama a atenção é o fato de que aqueles que tinham hábito de alimentação orgânica também estavam contaminados por glifosato, ainda que em níveis bem menores do que os que mantinham hábitos alimentares convencionais (0,89 ng/mg e 1,45 ng/ml respectivamente).

"Hoje provavelmente você pode testar qualquer europeu e vai encontrar glifosato. Aí você se pergunta: será que isso faz alguma diferença? Eu diria que, se a substância é classificada como cancerígena de acordo com a OMC, então faz". A pesquisadora Lisbeth Knudsen, responsável pelo estudo, realizou outra experiência semelhante em paralelo, com mães e crianças, também com amostragem pequena (27 pessoas): 100% na lata, de novo. Neste caso, as crianças tinham mais glifosato na urina do que os adultos.

Urinal 2015 na Alemanha também bateu 100%

Outros testes de contaminação por glifosato foram feitos em amostras maiores, juntando milhares de pessoas, como o chamado "Urinal 2015", que reuniu 2 mil pessoas, 99,6% das quais testaram positivo para glifosato. Destes, 75% estavam acima do nível permitido, e cerca de um terço apresentava níveis alarmantes, de 10 a 40 vezes acima do permitido. Os níveis mais elevados foram encontrados entre crianças de 0 a 9 anos, e adolescentes entre 10 e 19. Aqueles morando na zona rural foram ainda mais afetados. O estudo foi prontamente desqualificado como sem base científica, segundo o instituto federal de análise de risco alemão. Mas as pessoas continuam preocupadas.

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